O Conselho de Sentença da 2ª Vara Penal da Comarca de
Belém condenou Vitalmiro Moura, o Bida, a 30 anos de prisão por ter sido o
mandante da morte da missionária Dorothy Stang em fevereiro de 2005.
Vitalmiro teve a pena agravada pelo fato da vítima ser pessoa idosa, conforme
o artigo 61, inciso II, alínea h do Código Penal Brasileiro. A tese defendida
pela acusação foi de homicídio duplamente qualificado, praticado com promessa de
recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da
vítima.
Foi a terceira vez que Vitalmiro foi submetido a júri pela referida acusação.
Na primeira foi condenado e na segunda, absolvido, mas o Tribunal anulou a
sentença em julgamento de recurso de apelação movido pelo Ministério Público. O
quinto e último réu no processo, Regivaldo Galvão, será julgado em sessão
marcada para o dia 30 de abril deste ano.
Morte da missionária
O crime ocorreu em 12 de
fevereiro de 2005 em Anapu (PA). Por volta das 7h30, a missionária Dorothy Stang
seguia para uma reunião com colonos na cidade de Anapu, no Pará. No caminho,
encontrou Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, os quais, conforme
o Ministério Público, aguardavam a passagem da vítima.
Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros, disparados por Rayfran, réu
confesso. Segundo o Tribunal de Justiça, Clodoaldo atuou como facilitador para a
ação de Rayfran, distraindo a vítima.
O crime teria sido encomendado a um valor de R$ 50 mil, sendo Rayfran e
Clodoaldo denunciados como executores, Amair Feijoli da Cunha como
intermediador, e os fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura (Bida) e Regivaldo
Pereira Galvão como mandantes.
Até agora, foram condenados Rayfran das Neves, que cumpre pena de 28 anos de
prisão, Clodoaldo Batista, condenado a 17 anos, e Amair Feijoli, a 18 anos
Ela morava havia mais de 20 anos na região, ajudando agricultores ameaçados
por fazendeiros e madeireiras ilegais.
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